sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Foram duas facadas no peito que desceu até nos meus pés, foram duas realidades que não fazia parte da minha vida, mesmo sendo aquilo que acontecia.
Duas que tocaram meu coração assim, talvez de uma forma que é impossivel de esquecer, foram preciso apenas dois momentos, duas despedidas que não estava pronta pra ouvir. Dona da cor mais incrivel que eu ja vi em toda a minha vida, desapegou, terminou com a mesma facilidade de dizer, oi. Cansada de mim, cansada do meu verdadeiro ser, aquela grosseria que sempre me acompanhou, foi o suficiente. Simples, acabou, acabou. É as palavras que eles me deixaram lembrar.

Foi uma duas, quatro, seis, oito, dez bebidas daquelas que sempre tivemos costume de beber, foi o suficiente, pra mim ver suas costas virando pra mim, depois de anos de prisão com o seu coração. Devo confessar que foi a dor mais reprimida que senti e a despedida mais desesperadora que me tocou, você estava livre de mim e eu não, eu não havia pensado na hipotese de não ter você da forma mais pura possivel.
- Eu não sei. É como se um copo leve tocasse uma mesa imensa comprida cheia de lembranças e acontecimentos em cima dela, toda organizada e bem recente mesmo já fazendo anos que aconteceu, é como se esse copo caísse e quebrasse sem pensar o que havia naquilo pra aquilo ainda existir.
Foram duas, foi preciso de dois dias de dor, de desespero na carne, de não querer levantar e tocar o chão com os seus proprios pés, sei que é bizarro, é só pessoas.
Se passaram e com essa palavra que acabei de escrever passou também a dor, a vontade de não querer caminhar mais, passou as lembranças, a esperança, o amor. Passou e desse passou o que ficou dentro de mim que eu lutava e procurava tanto foi eu mesma, a liberdade de não precisar nem de você e muito menos de você. É como se todas as dores não chegasse até a mim, como se eu estivesse dormindo e todo o caus acontecendo. Hoje eu to tão feliz, como você está, da sua forma. Mas eu de verdade to em paz, to sozinha e sem precisar de nenhum colo, um abraço, um beijo pra me confortar, porque algo, já me satisfaz e esse algo devo imaginar quem são, aqueles que você correu de mim porque ouvir o que eu sou de verdade.
Mas não te culpo, não culpo ninguém, nem voce também que diz que eu vou na cabeça de qualquer uma e ficar pasma por eu não procurar informações e vou te falar, eu nao tenho necessidade de mais nada, e você como as outras também não entenderia, porque é comigo é na minha pele que correu por anos a solidão e hoje é na mesma que corre uma paz interminavél.
Então, hoje vou cuidar exatamente e SÓ de mim, sem procurar o que eu não preciso mais, é incrivel a liberdade, uma liberdade que eu troquei mas que hoje é absurdamente deliciosa.