quarta-feira, 26 de junho de 2013

- Eu me chamo Antônio

Eu não preciso chorar para mostrar que estou triste. Nem gritar para dizer que sinto dor. Muito menos sorrir para Deus e o mundo para provar que sou feliz. Não preciso aparentar para ser, demonstrar para estar. Meu mundo acontece aqui dentro. E ele não é menor ou maior que o seu: é simplesmente o meu. Ele é meu com todas as letras, ele é meu em cada palavra, com todos os silêncios, com todos os incêndios. Eu ouvi meu choro, eu escutei meu grito, eu senti minha dor e eu gargalhei em paz sem precisar invadir o seu mundo com coisas tão minhas, com coisas tão lindas, com coisas tão findas que se repetem infinitamente: aqui dentro.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Não dá pra dormir, hoje o dia sem que nao fizesse nada a tempestade me reencontrou, é como se tudo houvesse um sentido para tudo acontecer mas sem um sentido para tudo se iniciar num desprezo e numa força que nao se pode controlar. Adociquei meus lábios com gosto da lágrima, havia tanto tempo que essa dor não se vingava dentro de mim, era como se todo o bem e tudo de maravilhoso que há no mundo tivesse pousado no meu peito para ficar, como se todas as cicatrizes feitas por ondas impulsivas tivesse voltado pro mar. Me permitir me entregar, acreditei de novo, e de novo toquei a dor que me atravessou esse corpo sujo e essa minha alma tão pura, o desespero me renasceu. Talvez essa dor vai me reencontrar por dias e dias até meu ultimo suspiro. Não me sinto sozinha por inteira, existe uma legião aqui na minha volta, mas confesso que essa carne é tão fraca tanto quanto a sua e, toda essa dor nao sei controlar, nao sei torna-la passaros fugitivos. A dor me travou de novo, me envolvendo em sonhos ocultos sem que haja espaço para essa vida suja e morte de alma sem fim.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Que nos pegue, nos faça crianças de novo, porque é isso que somos e principalmente eu.
Que me carregue até o maior dos maiores, me vista da fumaça santa, congestione meus pulmões. Que me deixe inconsciente por segundos de salvação contra a fúria e a sujeira desse planeta desenhado e esculpido perfeitamente.
Me desande do caminho errado, me traga de volta ao seus braços que é minha missao permanecer, guie meus pés Pai, seja você e todos os sete e outros sete o cerebro desse meu corpo cansado e pesado. Que meu espirito tão de criança seje protegido pelas armas angustiante desse mundo, que eu seje o menino sagrado que esses soldados quer que eu seja.
Que eu tenha disciplina e confiança em seu caminho de luz e perfeição, que eu seje apenas matéria nas mãos de grandes santos, que eu possa me doar, me multiplicar interiormente entregando meu corpo sujo e aproximando a palavra santa para todos aqueles perdidos no mar do desespero. Que minha fé seja a força entre eu e todos aqueles que me esperam em outro nível de desenvolvimento. Que os avos e guerreiros das matas me batizem com sabias palavras de gratidão e amparo. Que as saias de grandes baianos me leve para longe de pessoas engolidas pelo odio e inveja, que eu e todo meu espirito seje confortado na alegria de crianças, filhos unigenito daquele que pode mais.
Que não me abandone, que me traga coragem e caridade para continuar. Que eu seja um ser de luz, que não me falta palavras sábias e conhecimento em abundancia, que eu seja mais que humano para passar e repassar a divindade daquele que só quer de nós, um mundo de amor e paz.
Que não haja julgamentos errado daqueles que escolheram nos ajudar, nos permitir crescer e ser
melhor um dia apos o outro. Que me permita amar como Aquele nos amou.

Que assim seja!
Nunca mais se viram
Nunca mais se tocaram
E nunca mais serão os mesmos.