Se cada tempo, cada segundo fosse idênticos um ao outro, não existiram final, muito menos tempo pra se pensar no mal; Se cada memória fosse vazia como aquela que muitas destamparam, digamos que nem traço de luz poderia compreender, se cada vírgula fosse uma controversa, cada dia seria um verdadeiro inferno. Se tudo fosse perfeito, sem nada o que lastimar, nada o que lutar, nenhuma dor pra se sentir, a fartura da intolerância estaria grande, se tudo fosse, pequeno e frágil, aquele vento de pureza e bruta jamais arrancaria de nós o equilíbrio, em cima daquela ribanceira moldada por décadas e décadas pelas gotas sofridas de uma tempestade bruta, assim não existiria as ondas do mar, muito menos aquele olhar surpreso, por saber que aquele mundaréu de água é infinito. Se cada palavra não doesse, a perdão seria sem rumo, uma palavra a mais pra qualquer vocabulário. Se a dor de amar não fosse tão forte e doida, seriamos animais, alias, seriamos algo sem alma isso sim! Se tudo que acontecer de ruim, é uma forma de reclamar, de por defeito, porque ainda estamos aqui nessa loucura de fronteiras? É bom amar, sentir a dor roer cada pedaço do seu peito, é sinal que você, é luz para alguém.
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