A noite caia, meus olhos ainda estava naquela ceia de entusiasmo encarando aquele maldito aparelho celular, esperando o soar daquela voz, compreensiva, tímida e esperançosa para que eu, não sentisse o clímax que seu corpo estava ao fitelar cada som de minha voz quente.
Enquanto o masoquismo corria sobre mim, a espera dela, minha imaginação ardia em cada momento de desejo real. Cada partícula dela estava ali, não fisicamente, carnal, mas interiormente, aquele cheiro, o odor mais incomplexo que já senti... Ela estava ali, incapacitada de ser tocada como a lua é também. Não via quase nada, alias, não via o que nada mais precisava ver, só aquele sonho irradiado, detalhado pela sombra que a noite trazia com ela, a lua inquieta derramava sua luz cristalina do seu lado direito, tornando-a um ser fora daqui, designado por outra luz. Uma luz forte e sem fim.