terça-feira, 10 de maio de 2011

A partir de uma, sobrevive duas...
Duas almas, dois retiros de sobrevivência, dois caminhos, duas repulsas, duas alegrias, duas discórdias. Existe dentro de mim, duas almas em um corpo só. A partir daquela, a outra vive, retorcendo meus delírios sem um sentido próprio de dor ou admiração por tal felicidade. Ali vivia, num chão encarnado pelos sentidos mal interpretados, minha face maior, a face que dá a cara a bater pro mundo e pra vida. Do outro lado vivia um sonho, alias, uma alma desejada, guiada pelos sábios certeiros admiradores do destino, aquela que nenhuma luz de olhar foi filmada, nenhum desenho foi criado e recriado a procura daquela mente mal interpretada pelos extintos horrendo de qualquer ser humano. Pra que? Revigorar minha súbita alma, sendo que nem a minha face o centro da humanidade não perdoa, e muito menos acredita. Prefiro amá-la com egoísmo e solidão, do que mostrar a ela o quão podre é o peito daqueles de uma alma só.

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