ainda estava sobre seus aposentos, idealizada por aquela parede de concreto que se alinhava com seu retalho de colchão, estruturada por uma armação de ferro. A cada sonho, cada lágrima, aquela parede estava segurando, pregadas em seu liso corpo de tinta preta ela segurava frente à risca fotos coberta de poeiras, doces encontros feitos a escondida de todos os corações que não podiam sentir. Doces encontros, perfeitamente contado numa face de papel, que nem era mais branco, a cada folha, a cada foto, a cada desenho, só aquela parede consegue e entende, aqueles sentimentos incomuns latejando em cada ruína de pontos da vida, aqueles versos incompreendidos. E agora ela está lá, frente a sua ruína de desespero, relembrando as dores, as perdas. Enquanto isso, o refugio de suas lagrimas eram o chão, regado de vidas passadas. A cada orbita de lembranças, a poeira se manifestava no ar, levando-a a seus pulmões, refugiados pela sua respiração ofegante, produzidos por soluços...
E assim ela vivia sem um rumo, sem um objetivo. Lembrando do quão era espancada, e com uma frieza dor que a fazia acreditar a cada segundo que, era a vez dela de ser lembrada em primeira vida.
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