quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Caixa

   ... Vou guardar cada pedaço da minha saudade, dentro de uma caixa bem grande. Amarrar esse sentimento ligeiro e fazer consigo mesmo um laço. É o presente maior que você vai ter, o mais sincero e o mais importuno. Ele vai te gritar nos ouvidos cada dia que ele veio ao meu encontro. Acho que ele vai gostar do seu peito quente também, e se ele gostar, te fará sentir o que meu coração sentiu. Eai, eu já vou logo avisando, vai doer. A saudade é assim mesmo, acha que pode cair sentado diante de qualquer situação, e a minha saudade, ela anda rápida e forte. Desesperadora. Mas quando você voltar, vou lhe dar algo bem mais pesado, numa caixa singela. Nada de sentimento importuno. Faço questão de eu mesma abrir pra você. Vou desabutuar cada botão da minha camisa, e quando tiver nada em cima dessa pele quente minha, vou pegar sua mão e por do lado esquerdo do meu peito. Essa caixa ela vive pulando, mas hoje com você ai, ela bate o dobro. E quando esse corpo sentir o gosto do seu toque, ele vai saltar a procura do seu abraço dos seu cheiro das suas feições. E quando eu te dar essa caixa pequena que tanto bate na sua ausência, o meu corpo voltará a ter espaço nesse mundo e meu coração... A gente vê quando ele sentir o seu.

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