Depois que a brisa beijar o vidro empoeirado da minha janela, já estaremos unidas mais uma vez, e então vou me encarregar de sentar ao seu redor, como se estivéssemos numa montanha desenhando a paisagem na memória. Irei te ensinar a escrever no ar, levando sua mão por baixo da minha. Escreveremos amor com todas as línguas que vive nos continentes. O mato será um dos admirados e protetor de nós, cada sorriso escancarado na sua face, será um motivo de festa no meu peito e então, as folhas se ajoelharão na terra úmida com a batida dos ventos. Ventos de norte e sul, trará seu cheiro pra dentro de mim como se fosse uma dádiva pros meus pulmões. Diante disso tudo, nesse pedaço de carne que é minha imaginação, estaremos deitadas, gritando silencio e ouvindo a dança pura ao nosso redor. Irei em busca da ponta de seus dedos querendo só eles, com toda a fidelidade de uma formiga tem pelo seus extintos. E quando eu roçar meus dedos com o seu, eu sei a direção que seus olhos irão descansar, será para os meus. Dali então, irei selar essa comunhão com um beijo, um beijo que juntará meu coração com o seu. Como o vento bateu na minha janela, ele vai embora, a procura da sua janela e com ele, terá algo de mais puro que carrego, algo que só você soube ter, algo que é só seu... Quando ele bater na sua janela, faça ele voltar pra mim trazendo com toda perfeição aquilo que faz seu sangue pulsar.
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