segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

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Cada nuvem izalando seu perfume como se não houvesse regras em oferecer o mesmo cheiro. Lá no alto, todas estavam separadas esculpindo desenhos abstratos mas, com facilidades aos bons de coração. Podia observar com brilho a luz que a lua em noites de solidão oferece.
Do lado de baixo havia árvores cada uma carregando seu doce ou amargo fruto se levando pelo vento apaixonado e gelado feito a brisa do mar do sul. Ali, embaixo de cada folha pendurada por singelos galhos fracos porém compridos, enfeitava a maravilha, raízada no centro da terra. Havia barro molhado marcando os pés descalços de cor branca como se tivesse caminhado na neve mais cristalina desse infinito mundo. Suas veias eram visíveis, com mais atenção poderia ver seu sangue correndo com rapidez porém bailando seu corpo com sentimentos de alegria e paz. Sob seu corpo um vestido de cetim ligeiramente transparente contornando suas pernas pequenas, branca feito neve e forte feito rocha em extinção quase nunca vista. 
Era vestido colorido com tons escuros que transbordava brilho ao se deparar com o majestoso sol. A mulher concebida e vista debaixo daquele ninho imenso de árvores apaixonada pela brisa do vento, sentada feito mulher atraente sonhando com olhos de inocente. Seu tronco alinhado por feições forte, sentia a brisa que balançava seu vestido inocentemente e por consequência tomava conta do cheiro, transformando tudo em uma criatura só. Nada havia de mais indescritível do que aquele cheiro, desesperador e viciante. Aquilo era unigênito e divino. A adorada tocava a terra e no seu lugar denunciava a verdadeira face do cheiro de suas mãos.
Seus olhos denunciava sua suavidade por segundos, porém não os repreendia quando permitia ver a perfeição que tu era. Seus dentes penetrava como espinho no peito do sujeita, rancando-o o coração apunhalado e crucificado a eternidade distante.
Com os olhos visiveís me tinha o dom de dançar junto com suas cordas vocais, como se fosse hino, hino de entrega por aquele corpo domado, agora por referencia dos meus minutos e ocupação da minha memoria e saudade no peito. Ela tocava com leveza e suavidade com seus dedos quase invisiveís sob aquela folha abençoada agora pelo seu aparecer raro. Havia força e compaixão dentro desse ser, havia medo e principalmente receio, talvez magoa também. Mas nada disso não me fez parar de descrever o sonho e, principalmente em guardar um pensamento vindo por segundos dentro de mim e no meu coração.

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