quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

H.R

A noite tocou o telha do meu planeta, junto com ela vieram as estrelas espalhando brilho por todo canto da infinita escuridão. A noite me desconheço como estava, mas algo aquela noite estava acontecendo. Eu sentia a brisa quente e apaixonante do ar bater desesperado na minha janela, como se, trouxesse um presente que eu sempre desejei por 365 dias do meu ano. Não me toquei na hora, mas sabia que a noite virava para um novo dia que ao menos havia raiado.
Toquei meus dedos nas teclas que me fez viajar por longa distância que não me permitia ir há anos. Abri meus olhos para janela comportada em azul, não havia nada de novidade até então. Em alguns momentos vi meu passado postar fotos, alguns amigos me chamar e pronunciar saudade das minhas palhaçadas, porém nada de novidade. Pois bem. Algo sunssurou minha janela enquanto procurava uma música que me fizesse ir além de qualquer coisa e me embaldar na imensidão da minha imaginação.
- Obrigada por me aceitar.
Aconteceu. O vento bateu minha janela discretamente, sem assustar. Me deixei ir, talvez fosse a hora de ir, caminhar sozinha num caminho desconhecido porém florido e arejado. Era caminho com luz forte porém sem arder meus olhos, o céu vivia azul, não consegui descobrir o fim dele, havia flores pro todos os lados. O chão era revestido por pétalas de rosas e o vento, gritava gentilmente no meu pescoço rancando de mim o calor interno que estava meu coração, meu pulmão, meu corpo todo. Era mágia. Me esforçei a olha-la, quão maravilhoso aquele ser era.
Estava sentada feito uma criança, distribuia naquele vento escravo seu cheiro que não pode sentir, era desconhecido e tanto quanto curioso pra mim. Sua pele era bronzeada por uma cor clara feito a neve, não havia riscos de dor, liso como centim. Sua costas estava coberta pelo seus longos cabelos pretos, como aquela noite que dominava meu momento. Ela não tinha pecado nos olhos, parecia dois pedaços de pedra rara. Quanto sorrisos ela me tocou a boca, distante. Eu sentia seu peito bater feito maripousa desgovernada e daqui de onde estava sentia seu sangue percorrer com mais velocidade, transmitindo pra mim a pura intimidade de sua timidez. Seus lábios eram rosas, não quanto as rosas que cobria o chão. Era rosa feito mãos de bebe, sensivel a dor e irreconhecivel por qualquer toque. Ela sorria majestosamente e ali, fiquei parada. Balançada e observando quanto eu pôde aquele espetáculo surreal que embalava minha noite.
Desconheço sua voz e não sei avaliar como suas cordas vocais dançam no seu pescoço me desconheço do seu cheiro, talvez seja o pedaço do meu. Mas é incrivel a sensação, descobri o inusitado o perdoavel, a chance, a vida... E ao toca-la descobrirei se minha chance de amar tocou minha janela naquela noite que por fim era um sonho.

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