terça-feira, 27 de setembro de 2011

Porta de vidro, trinta e cinco degraus que descemos sem precisar correr com o corri mão nos dedos, eu olhava era pra você, atrás de mim... Enquanto você se despia no vento levando com ele seu perfume de natureza pura. Dois metros de chão liso, foram dois metros de beijos, foram dois metros que degustei de você com o olhar, depois mais trinta degraus, acompanhada agora de você do meu lado, agitada, compreensiva, ofuscada de alegria. Quarto trinta e dois.
- Trouxe a chave? Você sempre se esquecendo de tudo, e eu sempre gravando tudo de você em mim.
- Você trouxe, se quiser te ajudo...
Dali então suas mãos carregava a chave rumo a porta, em silêncio, claro tinha seres ali. O quarto, cheio de sensação nova, palavras pronunciadas nas risadas, você sempre solta, e eu sempre desenhando seus passos dentro de mim. Sim, foi uma cama pra quatro. Ah, eu nunca ouvi tanta bobeira, eu nunca fui tão fundo na sensação de querer alguém. Como você me fazia bem minha linda, como eu queria que aquela noite, não fosse embora tão rápido como estava indo. Lembro como se fosse a noite passada que só pensei em você, dos seus tombos em cima da cama, é, você me faz tão bem. Amamos-nos tanto aquela noite, nos amamos tanto quando o dia voltou pra pronunciar que nem no dia claro, nos saparíamos. Foi o flash da câmera, foi a lente dela que gravou aquele dia, foi suas manias, vontades e intimidade que me fez gravar que é você e ninguém mais. Foram esses dias que brincamos, rimos, que nos fez amar ardentemente. Descobri seus passos na pista, sua loucura quando se desenhava pra fora de você o ciúme infernal de tudo que chegava a mim, descobri cada milímetro de você e você de mim, descobri até como você corre no meio de ruas em plena cinco e pouco da manha, descobri seus medos, descobri que com você, nada me fazia crer que algo vai nos separar. Nem a distancia. Tenho minha vida toda pra descobrir o quanto você é especial assim pra mim.

- Nem eu e nem você, pode mudar o que já foi traçado!

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